Seguidores

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A importância do respeito na amizade


Google Imagens
 
Por Cintia Liana Reis de Silva

Não há algo mais rico para se dar a alguém que chamamos de amigo que  o sentimento de respeito. Não há nada de mais potente que a força do respeito.

Você pode não sentir amor, mas o respeito é sempre necessário para continuação sã de uma amizade. No sentimento de respeito habitam tantos componentes importantes, como a confiança naquele ser, no que ele representa. Pena que muitos indivíduos não têm noção do significado desta palavra, talvez porque durante o seu desenvolvimento em família não tiveram contato com esses significados essenciais. Mas nunca é tarde para aprender e mudar. Quando se é adulto se pode e temos o livre arbítrio.
 
Nesse mundo para se viver bem, ao lado de pessoas maduras e que valem a pena de fato, é preciso experimentar respeito e entender a função dele na manutenção dos vínculos.
 
Se você não pode oferecer respeito a um amigo, então não capaz de oferecer mais nada de saudável. Não há como gostar de uma pessoa se não a respeitamos, se não a admiramos, se não confiamos. Amor sem respeito não é amor, é conveniência.
 
Por Cintia Liana

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O nosso encontro

Google Imagens

Para o meu marido

Não te amo perdidamente porque o nosso encontro nos deu chão.
Não te amo loucamente porque o nosso encontro nos deu mais paz e equilíbrio.
Mas te amo infinitamente porque o nosso encontro nos enriqueceu coração e mente.
Te amo com certeza porque o nosso amor nos deu inteireza.

Por Cintia Liana

Se copiar, cite o autor.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A insegurança de quem é rígido

Google Imagens

Por Cintia Liana Reis de Silva

Desconfio de alguém muito rígido, rigoroso, moralista, aqueles de frases feitas, decoradas, cheios de clichês.

Desconfio daquele que é muito apegado a severos valores morais, como se eles precisassem ser escritos para serem lembrados, como se não estivessem introjetados. Tem medo de se perder no que decorou.

Daquele que leva às cegas o aprendido como certo e errado na infância sem contestá-los ou questioná-los, como se precisasse levá-los para a vida de modo pesado, se escondendo atrás de afirmações austeras e superficiais, por medo de ser castigado.

Daquele quem não é capaz de chegar a um meio termo, que não se dá um tempo para pesar, analisar.

Daquele que não tem coragem de flexibilizar, de tentar olhar nas entrelinhas, dos que nem sabem que elas existem. Dos que têm medo de se contradizer.

Daqueles que não têm segurança e humildade de dizer “não sei”.

Não precisamos ser radicais na certeza do bem se ele está enraizado e bem resolvido em nós, não precisamos ser rígidos em nossas justas opiniões se as aceitamos, se elas fazem sentido e se estão bem ajustadas em nossas vidas. Assim, elas também são passíveis de serem remodeladas, pois já foram compreendidas, sabemos como chegamos a estas conclusões.

Ser correto e honesto não está no que se diz, não está na nossa língua e não está somente na educação que recebemos. Um adulto precisa reformular seus valores e questioná-los para ser de fato consciente do que é virtuoso, é uma construção de valores morais internos, é um processo de entendimento evolutivo, é necessário uma séria dialética pessoal, com a própria vida e seus significados. É preciso se tornar adulto. Caso contrário, são meros mecanismos de defesa do ego.

Não ser rígido e imutável não significa ser frouxo. Quem é rígido está tenso é o contrário de ser sólido, de estar seguro e de conhecer quem se é, com sinceridade.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A ignorância é o maior inimigo do homem

Tumblr

A ignorância é o maior inimigo do homem. Ele se torna um prisioneiro da sua própria limitação interna, um prisioneiro de um mundo sem muros, sua mente é a sua própria gaiola. É muito triste um passarinho que não pode voar somente por sua incompetência no entender e no pensar.

Por Cintia Liana

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Atenção e apreciação

Cintia Liana

Precisamos estar atentos à nossa vida e apreciar a nossa caminhada.
Estar atento significa dar atenção, vigiar, ter cuidado. Apreciar significa estimar, avaliar, ponderar, considerar, julgar, gostar.

Por Cintia Liana

Não quero meios amigos, quero sinceridade absoluta

Tumblr

Por Cintia Liana Reis de Silva

Algo importante a se  trabalhar nos dias atuais é a culpa por não procurar pessoas que vivem nos cobrando atenção, até aquelas que não nos dão nenhuma. Acontece que devemos estabelecer prioridades se achamos que nosso tempo é precioso, assim como a nossa integridade e saúde emocional também.

Não temos tempo e nem devemos ter com aquelas pessoas que sentimos que falam de nós na nossa ausência sem cuidado, que riem e estão sempre prontos a fazerem uma crítica cruel. Dispenso! Esses são aqueles que nos rejeitam, não nutrem verdadeiro afeto, competem e até sentem inveja. Normalmente a falta de aceitação é recíproca, observe se você também não sente a mesma coisa. Quando a corda arrebenta de um lado é porque do outro ela também já foi muito puxada.

Nós devemos encontrar tempo para procurar pessoas que nos fazem sentir inteiramente seguros da atenção e amor que nutrem por nós, com amigos que nos deixam certos de que podemos confiar em sua amizade, em sua ética pessoal, em suas virtudes. Que tem cuidado com o que nos diz, como atende ao nosso telefonema, que se adapta muitas vezes ao nosso jeito mais cuidadoso, isso é delicadeza e respeito. Pessoas que vibram com as nossas conquistas como se fossem delas e que sofrem com o nosso sofrimento. Que nos aceitam, que confiam em nossa capacidade de análise da realidade e não têm a pretensão de querer nos controlar, pessoas que normalmente também aceitamos integralmente e que quando existe algo a ser resolvido isso acontece com leveza entre as duas partes, existe carinho para dialogar, simplesmente porque existe bem querer suficiente para crescer em prol daquela relação. Se você tenta e o outro não quer, lamento.

É preciso confiança, respeito, identificação, companheirismo, união, admiração, valorização para seguir adiante com uma amizade. Hoje tenho a certeza de que não tenho vontade de perder tempo com pessoas que não me acrescentam em nada. Não quero niguém bisbilhotando minha vida com minha autorização, querendo conversar para saber o que acontece comigo, para depois sair falando o que viu e me julgando, eu não preciso disso. Um dos maiores males da humanidade hoje é a curiosidade, pois o que mais tem é gente infeliz querendo se divertir às custas de inventar e falar mal da vida do outro. E sabe de uma coisa? No fundo, sabemos muito bem quem é sincero e quem não é, no final sempre descobrimos aquela fofoca irresponsável e leviana inventada por alguém que se diz nosso amigo, então pra quê insistir?

Eu não sou patologicamente carente, então sei que não aceito, não preciso e não quero meios amigos, meias verdades, meias palavras, não quero meia fidelidade, nem meia sinceridade, não me contento nem com 80 %. Sei em quem posso confiar e valorizo essas pessoas. Amigos são diamantes e precisam ser cuidados. E, cada vez mais, procuro dividir meu tempo só com quem é consciente desta realidade.

Por Cintia Liana

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ser justo com os inimigos

Google Imagens

Quem é verdadeiramente honesto consigo mesmo consegue ser justo até com os seus próprios inimigos.

Por Cintia Liana

Observação:
Inimigos: Aqueles com os quais entramos em algum tipo de "guerra"; inimigos sociais, ladrões, marginais; aqueles de má intenção, de espírito traiçoeiro, falsos; aquele que nos veem como ameaça e que desejam nos fazer mal.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O que sai da boca


Google Imagens

Um bom método para saber o nível de maturidade e educação de uma pessoa é observar qual é o linguajar que ela usa quando está nervosa ao se encontrar numa situação de descontrole emocional discutindo com alguém, a mesma coisa serve quando ela faz uma brancadeira de conteúdo sexual. Não há problema algum em se “descontrolar” ou falar de sexo, mas na boca de quem é pulido e fino não moram palavras pejorativas, preconceituosas e de baixo escalão. O que sai da boca é reflexo do que é alimentado na alma.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O imperfeito amor materno

Foto: Texto de uma amiga,
a escritora Mônica Montone, formada em psicologia.
Para ler o texto acima clique na foto para aumentá-la.

Por Cintia Liana Reis de Silva

Definitivamente o amor materno não é perfeito e nem tem que ser. Elizabeth Banditer, pesquisadora, conhecida por escrever sobre o mito do amor materno, diz que o amor é inerente a condição de mãe, que ele não é determinante. O amor de mãe pode variar de acordo com a consciência de cada uma, de acordo com as ambições, frustrações, cultura, ele pode ser fraco ou forte, existir ou não existir, aparecer e desaparecer, pode ser bom ou ruim, ter preferência por um filho ou não.

Existem mães de todos os jeitos, mãe não é tudo igual. Existe mãe que sufoca, mãe egoísta, descuidada, superprotetora, patologicamente medrosa, controladora, chantagista, competitiva, que faz da vida do filho um verdadeiro inferno, fazendo ele depender dela porque tem medo de perder a sua companhia, por exemplo. Existem também as que sabem amar, as que se questionam. As mãe são humanas.

Nos escondemos por trás dessas frases para não questionarmos a nossa própria educação, os nossos próprios valores. Se diz “é coisa de mãe”, como um modo de desculpar a má educação que se dá, sem ter nenhuma responsabilidade com as consequências. É como se o outro não fosse capaz de entender esse amor tão mitizado, desconsiderando o olhar assustado que quem vê a cena absurda, de quem ouve a mãe falar aquela bobagem. Ser mãe não é deliciar o próprio ego narcizista e infantil, para fortalecer e perdurar convicções, mesmo que para isso tenha que fazer o filho sofrer. Ser mãe é educar para a vida, para o convívio com outras pessoas, cada ser humano é peça fundamental na sociedade, a soma deles é a paz ou o caos.

Uma mulher consciente busca educar o filho para ser um adulto responsável e efetuoso com sua vida e com os outros. É tarefa difícil, precisa de jogo de cintura, entender o comportamento psicológico, temperamento, personalidade, ir lapidando com cuidado e reflexão esta nova alma. Precisa de tempo e amor saudável. Não dá para colocar filho no mundo para alimentar o próprio ego sem pensar nas consequências, para somente se realizar, para provar que é capaz de parir. Ser mãe, assim como ser pai, é tarefa de grande responsabilidade, é  preciso senso de justiça apurado. É preciso ir muitas vezes ir contra as nossas próprias convicções.

Geralmente é mais fácil achar que sempre estamos certos, mudar de postura dá muito trabalho, exige energia, desapego. Acreditar que nossos pais não são perfeitos magoa. Preferimos acreditar que eles são perfeitos e quem sabe assim também o seremos?

Existem mães que sabem educar, já outras não. Mães que olham seus filhos como pequenos coitadinhos, outras que mostram a eles que podem ser fortes e vencedores, sem passar por cima de niguém. Mães que trabalham as suas frustrações para não colocá-las em cima do filho. Existem pessoas lúcidas e outras não, como também existem mães lúcidas e outras não. O fato de ter um filho não precisa torna ninguém estúpida, embreagada de amor materno e isso nãe é desculpa para fazer besteiras, usar os filhos como cobaias para tentar acertar. Muito menos precisam ser super heroína, portadora do amor mais poderoso do universo.

Existem formas diferentes de ser mãe e ela não tem que ser perfeita. Estudos mostram que mulheres conseguem mais facilmente ser boas mães se também tiveram um solo fértil e equilibrado em sua infância, explica Bowen, o pai da teoria do apego. É mais fácil se dar aquilo que se teve, dar aquilo que se conhece e experimentou. As que sofreram normalmente reproduzem o modelo que tiveram, aquilo que conhecem, a não ser que façam um trabalho de autoconhecimento para não cair no erro de repetir os padrões intergeracionais, e isso é possível, a tomada de consciência é totalmente possível.

Mães erram sim. Há aquelas que ainda colocam fraldas, dão bico e mamadeira a filhos de 5 anos, sufocando o seu crescimento com a busca incessante de fazê-lo estagnar naquela fase para não perder o seu bebê tão amado. Pai e mãe que colocam o filho para dormir entre eles na cama matrimonial; casais que fazem amor com o filho dormindo ao lado, sem querer perceber que o filho vê, acorda e sente a energia do sexo. Erram sim.

Pais superprotetores que passam os seus medos ou quer que seus filhos se tornem superdependentes e que acreditam que eles devem ser os super heróis dos filhos, quando esses pais nem mesmo conseguiram enfrentar e nem dar conta de seus próprios fantasmas.

Pais erram e criam crianças egoístas, agressivas, que não conseguem enxergar o outro porque dentro de suas casas são tratados como o centro do mundo. Ou o oposto, crianças depressivas, inseguras, sofridas.

Pai e mãe consciente é aquele que se permite ter dúvidas e se pergunta: “estamos sendo justos?”, “estamos sentindo pena do nosso filhos?”, “como os meus sentimentos de culpa e preconceitos inflenciam na educação dele?”, “estou educando bem?”, “no que posso melhorar independente do que acredito ou quero acreditar?”, “como minhas neuroses e medos podem influenciar na vida emocional de meu filho?”, “de que modo isso pode influenciar no seu futuro, no seu comportamento?”. Esses buscam estar conscientes, se questionam, que educam sem estar apegados a suas crenças antigas e a própria educação que tiveram de seus pais.

Tem também aqueles pais que perguntam a um amigo psicólogo o que acha da educação que dão. Quando o amigo psicólogo chega a falar, depois de muita insistência por parte dos pais, eles não querem ouvir, mudam de assunto, ou começam a se desculpar, justificar. Quem quer de fato melhorar não pergunta opinião de um amigo psicólogo, vai direto a um terapeuta de família,  paga pela sessão, ouve tudo o que não quer ouvir. Muda. Em mais de 12 anos de experiência clínica só o segundo ouve e muda. O que pede opinião geralmente não passa de um curioso querendo ouvir elogios tecnicos.

É mais fácil não se questionar, mas pais criam filhos como Suzane Richthofen e depois da crueldade que fazem, a mídia, em nenhum momento, propõe uma discussão sobre como ela deve ter sido educada. Nem conseguiram jogar a culpa na adoção, como em geral o fazem, porque ela era filha biológica. Não se trata de culpabilizar os pais, nem ninguém, mas de dar algumas responsabilidades e de entender como podemos criar melhor as futuras gerações, de questionar o nosso egoísmo, o nosso apego em relação a algumas crenças e farsas sociais.

Poucos estudiosos e escritores questionam o mito do amor materno, pouco se fala sobre ele. Acredito que, como motivo inconsciente, não queiramos tocar de algum modo no arquétipo de grande mãe, na imagem da Virgem Maria, da Nossa Senhora, mas não podemos nos comparar a ela, mesmo com o desejo de ser uma boa mãe, com toda a bondade, amor e pureza que ela representa. Mais nobre é encarar a nossa humanidade, tentando ser cada vez mais justa, para ter filhos psicologicamante mais saudáveis.

Há quem diga que a dor de parir influencia no amor que a mãe alimentará por seu filho, mas ele não é determinante, se fosse assim não veríamos bebês de mulheres que acabaram de parir jogados no lixo. Não veríamos mães adotivas tão apaixonada e  educando tão bem seus filhos que não pariram e nem, tampouco, veríamos pais tão maravilhosos, que dão todo o amor que uma criança precisa para estar no mundo experimentando segurança emocional plena. Ser pai e mãe é um processo de descobertas de si mesmo, é tentar ser melhor para educar melhor, mas exige preparo. Não é certo ter um filho para aprender com ele a terefa de ser gente. Uma criança não merece tamanha crueldade e responsabilidade.

Nós humanos adoramos frases feitas, ideais perfeitos, fórmulas do amor e verdades absolutas para nos proteger de nossas falhas e fragilidades. Mas ainda acredito que tantar aguçar um olhar analítico para alcançar outras verdades, mesmo que elas nos desagradem, mesmo que isso doa, é o caminho mais rico e que nos leva a crescer e melhorar a nossa própria realidade, fazendo outros serem humanos que dependem de nós mais felizes.

Cintia Liana Reis de Silva, é psicóloga, psicoterapeuta, especialista em casal e família. Já acompanhou e teve contato com mais de 2.000 casos.